Dezembro
2012
SÉRGIO PEREIRA COUTO
Sérgio
Pereira Couto é jornalista
de dupla cidadania (portuguesa e brasileira). Escritor de livros de ficção, foi
colaborador das revistas “Leituras da História”, “Ciência Criminal” e “Discovery
Magazine”, além de editor-assistente de revistas de tecnologia como “PC Brasil”
e “Geek!”. Tem textos e artigos publicados nas revistas “Galileu” e “Planeta”. Atualmente
trabalha com as redações das revbistas “Histórias Oculta” e “Ciência Contra o Crime”,
da Mythos Editora. É autor de mais de 35 livros, superando a marca de 120 mil
exemplares vendidos somente no Brasil.
Fontes
da Ficção –
Sérgio, primeiramente, agradeço por nos conceder esta entrevista e começo
pedindo para que fala um pouco do início de sua carreira como escritor.
Sérgio
Pereira Couto – O
prazer é meu poder falar sobre velhos conhecidos sobre meus trabalhos.
Fontes
da Ficção – Bem,
vamos às perguntas de praxe: Quais são suas principais influências literárias?
Sérgio
Pereira Couto – São várias, mas com certeza destaco algumas:
Agatha Christie, Dashiel Hammett, Patricia Cornwell, a nossa Pagú, Kathy
Reichs, Elizabeth George, geroges Simenon, entre outros grandes mestres
policiais.
Fontes
da Ficção - Do
seu primeiro livro publicado (Sociedades
Secretas) até seu ultimo trabalho (Mentes Sombrias),
quais foram as principais mudanças que você pôde perceber no escritor Sérgio
Pereira Couto e na Literatura Fantástica como um todo?
Sérgio
Pereira Couto – Bom, como não pertenço ao meio de literatura
fantástica, não posso analisar com muito cuidado essa pergunta. Claro que
clássicos como os de J.R.R. Tolkien estão sempre sendo analisados como épicos
no estilo de um Beowulf, além do fato de Edgar Allan Poe ser considerado o pai
da literatura policial atual. Nesse ângulo acho que o caminho para a litfan é
sair do círculo vicioso dos gêneros ficção científica-fantasia-terror e começar
a explorar outros gêneros, incluindo o policial, o suspense, etc.
Fontes
da Ficção –
Sérgio, em boa parte de suas publicações ficcionais, nota-se um fascínio pelo
tema conspirações. Já as de não ficção, se é que podemos chamá-las assim, o
tema gira em torno de música e sociedades secretas. São esses os ingredientes
de sua escrita? Você tem algum estilo literário favorito?
Qual?
Sérgio Pereira Couto – Sim, são os componentes
da minha receita, por assim dizer. O fascínio pelos classic rock sempre foi
presente e procuro deixa-lo claro, pois sem ele não seríamos hoje nem mesmo
roqueiros. Quanto às conspirações, bem, quem não gosta de uma, por mais bem
embasada que possa parecer? Tem gente que até hoje discute de Jack o estripador
até o assassinato de JFK e a chegada do homem à Lua. Não ter certeza de nada e
“cheirar”, por assim dizer, conspirações até nas letras de sua banda predileta,
são o meio habitat natural literário.
Fontes da Ficção – O que você acha do cenário literário brasileiro no geral?
Sérgio Pereira Couto – Acho que ainda precisa crescer e amadurecer muito. As pessoas
que dele participam precisam desenvolver um senso maior de comunidade, que lá
fora existe aos montes, mas aqui, infelizmente, ainda não corresponde. Soube de
editoras que tiveram uma queda terrível de vendagem desse tipo de literatura
porque os leitores atuais, quando não escrevem por conta própria, prestigiam os
internacionais e desprestigiam os nacionais. E isso é uma pena, pois tem
pessoas muito interessantes do meio que mereciam uma chance de aparecer.