No início da década de 80 um filme estrelado
por Jeff Bridges marcou a história do cinema (ou pelo menos dos fãs de ficção
científica) por ser um dos primeiros a utilizar a computação gráfica em seu
desenvolvimento. Cheio de cores e conceitos de realidade virtual Tron – Uma Odisséia Eletrônica entrou
para o hall dos filmes cult entre os nerds e amantes da ficção científica.
Quase três décadas depois, Jeff Bridges volta
ao papel do engenheiro de softwares Kevin Flynn para estrelar Tron – O Legado,
dessa vez muito mais ambicioso e cheio de efeitos especiais.
O novo longa traz Garret Hedlund no papel de
Sam Flynn, filho de Kevin. O jovem Sam recebe uma espécie de chamado e é levado
ao mundo virtual para seguir uma pista em busca de seu pai, desaparecido há
muitos anos. A trama de Tron começa realmente quando Sam entra no mundo virtual
e descobre que seu pai criou uma cópia de si mesmo, chamada Clu, com o objetivo
de criar o sistema perfeito. Mas (previsivelmente) Clu se torna o vilão e tenta
destruir seu criador, que é salvo pelo filho Sam, que (também como era de se
esperar) tenta trazê-lo de volta ao mundo real.
Alguns clichês são bem aparentes em Tron,
como o garoto problemático que se torna o herói da história. No início da trama
Sam é um jovem encrenqueiro que tenta invadir a própria Encom, empresa fundada
por seu pai. Apenas quando começa a pesquisar sobre o desaparecimento de Kevin
e é tragado para o mundo virtual, é que Sam muda um pouco seu comportamento e
se torna o “mocinho” da história.
Tron – O Legado não empolga em sua história,
mas compensa em efeitos visuais e 3D, que dá uma profundidade especial ao filme
e ressalta os seus detalhes. As roupas e equipamentos foram cuidadosamente
trabalhados dando um destaque ainda maior aos detalhes do filme. A atuação de
Garret Hedlund não é tão boa quanto os críticos de Hollywood esperavam, mas a
balança é novamente equilibrada com as presenças de Olivia Wilde, um show a
parte em qualquer trabalho que participa e Jeff Bridges, um grande ator que sabe
muito bem trabalhar em filmes que tem fãs exigentes.
O filme ainda traz a trilha sonora da dupla
francesa Daft Punk, talvez os artistas mais “high tech” da cena eletrônica
mundial.
Resenha de : Tiago Castro
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