quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Tron - O Legado




No início da década de 80 um filme estrelado por Jeff Bridges marcou a história do cinema (ou pelo menos dos fãs de ficção científica) por ser um dos primeiros a utilizar a computação gráfica em seu desenvolvimento. Cheio de cores e conceitos de realidade virtual Tron – Uma Odisséia Eletrônica entrou para o hall dos filmes cult entre os nerds e amantes da ficção científica.
Quase três décadas depois, Jeff Bridges volta ao papel do engenheiro de softwares Kevin Flynn para estrelar Tron – O Legado, dessa vez muito mais ambicioso e cheio de efeitos especiais.
O novo longa traz Garret Hedlund no papel de Sam Flynn, filho de Kevin. O jovem Sam recebe uma espécie de chamado e é levado ao mundo virtual para seguir uma pista em busca de seu pai, desaparecido há muitos anos. A trama de Tron começa realmente quando Sam entra no mundo virtual e descobre que seu pai criou uma cópia de si mesmo, chamada Clu, com o objetivo de criar o sistema perfeito. Mas (previsivelmente) Clu se torna o vilão e tenta destruir seu criador, que é salvo pelo filho Sam, que (também como era de se esperar) tenta trazê-lo de volta ao mundo real.
Alguns clichês são bem aparentes em Tron, como o garoto problemático que se torna o herói da história. No início da trama Sam é um jovem encrenqueiro que tenta invadir a própria Encom, empresa fundada por seu pai. Apenas quando começa a pesquisar sobre o desaparecimento de Kevin e é tragado para o mundo virtual, é que Sam muda um pouco seu comportamento e se torna o “mocinho” da história.
Tron – O Legado não empolga em sua história, mas compensa em efeitos visuais e 3D, que dá uma profundidade especial ao filme e ressalta os seus detalhes. As roupas e equipamentos foram cuidadosamente trabalhados dando um destaque ainda maior aos detalhes do filme. A atuação de Garret Hedlund não é tão boa quanto os críticos de Hollywood esperavam, mas a balança é novamente equilibrada com as presenças de Olivia Wilde, um show a parte em qualquer trabalho que participa e Jeff Bridges, um grande ator que sabe muito bem trabalhar em filmes que tem fãs exigentes.
O filme ainda traz a trilha sonora da dupla francesa Daft Punk, talvez os artistas mais “high tech” da cena eletrônica mundial.

 
  Resenha de : Tiago Castro

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