sexta-feira, 22 de junho de 2012

Prometheus



    Prometheus é vendido como sendo a gênese de Alien – O oitavo passageiro, e foi com essa expectativa que adentrei a sala de cinema, isso acrescido do fato que era um filme sob a direção de Ridley Scott. A premissa da história até que é boa e conta a história de uma expedição científica espacial que busca encontrar o Criador, no caso aqui, “ os criadores da vida”.
    Dentro de tal mote, o roteiro se desenvolve de forma razoável, apesar de ficar nítida a influencia de Erich von Däniken, o autor do livro “Eram os Deuses Astronautas?”, na montagem da trama. Os protagonistas - Elizabeth Shaw (Noomi Rapace) e Charlie Holloway (Long Marshall-Green) – encontram diversos desenhos rupestres numa caverna na Escócia e acabam traçando “um  mapa” até onde se encontram os “Deuses Astronautas”. A partir desse momento, as novidades terminam. O que se vê são clichés já utilizados nos filmes da série “Alien”. Robô traidor, gravides alienígena,   ”soldados” que se sacrificam para salvar o planeta, etc.
    O filme, apesar de não ter a Ripley, personagem de Sigourney Weaver, a Doutora Shaw não deixa nada a deseja, apresentando-se como uma substituta a altura, e é ai que temas mais uma ver a falta de novidade. O que me pareceu foi que pegaram a formulinha e fizeram o filme.
    A cena do parto é impressionante, realizada em uma máquina futurista de operações cirúrgicas, mas também é, no meu ver o ponto fraco do filme, pois até afora fico me perguntando como a Sr. Shaw conseguiu sair correndo e fazer todas as peripércias que fez estando com um enorme corte no abdômen, fechado apenas por “Grampos”? Sei que é uma história de ficção, mas mesmo numa historia assim, o expectador deve ser “preparado” para aceitar o que vai ver como “possível”, mesmo que seja uma coisa extremamente absurda.
    Algumas pontas na trama ficam soltas, mas pode-se ver paulatinamento a montagem da cena que vemos em Alien – O oitavo Passageiro, quando entram na nave alienígena e encontram o corpo de um deles na posição em que morre em Prometheus.
    Bom lazer para quem gosta muito dos bichos asquerosos e com sangue acido, mas vá apenas para relaxar, sem se transformar num daqueles nerds fanáticos. Quanto a mim, esperava mais.

Resenha de L. H. Hoffmann

sexta-feira, 15 de junho de 2012

OS VINGADORES


Um dos filmes mais esperado sobre Super-Heróis e por incrível que pareça, é fantástico. É claro que, por ser um filme baseado em histórias em quadrinhos, ele tem que ser assistido como um filme de história em quadrinhos. Seres superpoderosos, combatendo deuses nórdicos e alienígenas  vão surgir na tela constantemente, então não faça como alguns pseudos entendidos que saem da sala de cinema reclamando de algumas cenas “inverídicas”. Será que para esses, ao assistirem o Senhor dos Anéis, tem que ver uma árvore andando no Ibirapuera para acreditar num Ent? É muita falta de imaginação. Mas vamos voltar a resenha. Confesso que o filme superou muito minhas expectativas e saí do cinema ansioso por uma continuação.  
O roteiro foi muito bem elaborado e funciona perfeitamente, encaixando os filmes individuais dos heróis integrantes do grupo como uma luva. O roteirista conseguiu fazer uma estória tensa, coerente, convincente e bem humorada, distribuindo muito bem as cenas entre os personagens, sem deixar que um ou outro tivesse superexposição. Confesso que antes de entrar no cinema, esperava ver o Homem de Ferro 3, ao invés dos Vingadores, uma vez que o ator que interpreta o herói é o um astro enquanto que os demais pode-se considerá-los ainda como “novatos”, mas foi uma grata surpresa ver que isso não aconteceu. 
  

E foi graças e essa igualdade entre os personagens, sem favorecimento, que foi possível os atores mostrarem todo o seu talento. Eles deram um show. Todos incorporaram seus personagens como se fosse o próprio. Os diálogos são grandiosos e até as pequenas mudanças feitas para atualizar os heróis criados na década de 1940 funcionam muito bem, demonstrando respeito para com os personagens e principalmente seus fãs que vão ao cinema, pagam o ingresso e ficam pouco mais de duas horas sentados numa cadeira (algumas vezes desconfortáveis e quebradas) para verem seus personagens favoritos do jeito que os conhecem das histórias em quadrinhos. É óbvio que o filme tenta atingir ao público em geral, mas deve-se lembrar de que quem deu a projeção que os heróis alcançaram não foi o publico em geral, mas sim seus fãs e por isso devem receber o mínimo de respeito. E isso acontece em Os Vingadores. Os personagens estão lá, com suas falas e trejeitos, expressões e atitudes que os fás esperam deles ao vê-los transportados para a telona.

 

Um destaque para Tom Hiddleston (Loki), pois o vilão é a alma de uma boa história. Loki convence e muito bem. O filme tem ação, alta tecnologia, tensão, e brigas épicas, sem falar no toque de humor na medida certa (fique tranquilo que você não verá nada tipo Batman de Adam West).
Não vou ficar descrevendo o filme para não tirar o prazer daqueles que não o assistiram ainda, mas não demore muito, pois um filme desse quilate deve ser visto na telona e não no DVD. Isso não quer dizer que não vou comprá-lo para deixar em minha estante e quando sentir saudades, colocar no DVD Player e revisitar nos espetaculares (desculpe-me o Homem-Aranha) VINGADORES.
 

Resenha de L. H. Hoffmann

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Branca de Neve e o Caçador



Titulo: Branca de Neve e o Caçador
Titulo Original: Snow White and the Huntsman
Autor: Lily Blake, Evan Daugherty, John Lee Hancock e Hossein Amini
Editora: Novo Conceito
Páginas: 208
ISBN: 9788581630182
Gênero: Literatura Fantástica Estrangeira - Fantasia


            Quando li que um filme sobre a Branca de Neve em uma versão para adultos seria lançado, fiquei com um pé atrás, pois já havia sido enganado com o horrível A GAROTA DA CAPA VERMELHA (o livro consegue ser ainda pior que o filme). Contudo o trailer me chamou a atenção e, numa de minhas visitas rotineiras a livrarias, deparei-me com o livro e acabei não resistindo, comprei.
            Ao iniciar a leitura o bichinho do desconfiômetro teimava em me cutucar (efeito do livro ruim da historia da garoto do Capuz Vermelho), mas conforme a história foi evoluindo, não consegui parar. Devorei o livro em poucas horas e passei a sentir uma vontade irresistível de assistir ao filme, apesar de achar a atriz que interpreta Branca de Neve muito ruim. Mas vamos as minhas impressões.
            O livro foi escrito por oito mãos, duas da autora Lily Blake, e as outras seis dos roteiristas John Lee Hancock, Hossein Amini e Evan Daugherty, que assinam o roteiro do filme.
            A história é uma releitura do conto de fadas, tendo como protagonistas a Branca de Neve e o Caçador. Os anões e o príncipe ficam em segundo plano (bem segundo plano). Os personagens principais são muito bem construídas, em especial a Branca de Neve, o Caçador e a Bruxa-má. Ao terminar o livro fiquei com a sensação de que ele era infinitamente curto e as 208 páginas poderiam nos dar um pouco mais da deliciosa história, mas isso e pedir demais. Se analisarmos com frieza, veremos que a obra está na medida certa, afinal, conto de fadas não é novela.
            Certamente irei assistir ao filme. Recomendadíssimo!

 Resenha de J. Modesto

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Terra Cruz

 

 
Titulo: Terra Cruz
Autor: Leonardo Brum
Editora: Novo Século
Páginas: 312
ISBN: 9788576796794
Gênero: Literatura Fantástica Nacional


            Terra Cruz é a segunda obra de Leonardo Brum - seu primeiro livro foi UM MUNDO PERFEITO - onde o autor se rende ao Universo dos Vampiros. Os protagonistas da história são Samuel, um vampiro secular, e Santiago, um jovem que no decorrer da história descobrirá sua descendencia inusitada.
       A obra , na minha humilde opinião, é bem inferior ao brinlhante UM MUNDO PERFEITO, mas não é dos piores. O autor até que tenta criar uma trama interessante, com um desfecho diferente do comum, mas acaba por várias vezes caindo no clichê. Em muitas das ocasiões, o desfecho de determinadas situações é tão óbvio que o leitor chega a acreditar que algo diferente irá acontecer, para em seguida decepcionar-se.
         Outro ponto negativo foi a superficialidade de informações de alguns personagens coadjuvantes. O exemplo mais marcante é o delegado Hélio, que após a morte do delegado anterior nas mãos dos vampiros, chega a cidade deixando claro que sabe que os sugadores de sangue estão agindo, acreditanto em todas as coisas estranhas que acontecem em Terra Cruz, mas seu passado e o motivo dele acreditar em vampiros não é revelado de forma a explicar satisfatóriamente tal fato, não dando credibilidade ao personagem.
           A capa é lindíssima e muito bem produzida, formando um conjunto harmônico e convidativo. 
             Diferente da impressão que me causou a primeira obra de Leonardo Brum, Terra Cruz foi um livro cuja a história passou sem que nada acontecesse. Não me provocou nenhum sentimento, tanto para o bom como para o mau. Simplesmente me trouxe indiferença. Recomendado apenas para leitores que lêem tudo que sai sobre vampiros.
         
Resenha de L. H. Hoffmann


Kaori 2 - Coração de Vampira


 


Titulo: Kaori 2: Coração de Vampira
Autor: Giulia Moon
Editora: Giz Editorial
Páginas: 432
ISBN: 9788578551551
Gênero: Literatura Fantástica - Terror
 
            Tendo Kaori, uma vampira oriental que possui uma tatuagem de dragão, como protagonista, o livro vem recheado de criaturas sobrenaturais como lobisomens, ogros, lâmias, sereias e até um Boto – meio boto pra ser mais exato – completando com personagens do universo sobrenatural japonês. A impressão que me deu foi de que há muitos personagens misticos que tornam a história um pouco cansativa.
            A obra tem varias histórias que correm paralelas, tirando por diversas vezes o foco da história principal e dando à protagonista a impressão de ser apenas mais uma personagem e não “A Personagem”.
            Por tratar-se de uma continuação do primeiro livro da autora (Kaori: Perfume de Vampira), o qual não li, tive a sensação em determinados momentos de estar faltando algo, apesar do esforço notório da autora em tornar o livro uma obra passível de se ler sem a necessidade de conhecer o outro livro.
            Outro ponto negativo são as mudanças drásticas de cenas dentro dos capítulos. Apesar da ideia ser boa (gosto muito dessa técnica), a autora não conseguiu atingir um ponto bom. Essa técnica, conhecida como suspensão é muito bem utilizada por Dan Brown, bem como pelos escritores brasileiros Felipe Pena em seu livro O Analfabeto que passou no vestibular e J. Modesto em seu livro Trevas. Também não gostei da capa. A produção poderia ser um pouco melhor trabalhada, pois o fundo vermelho, com título em dourado e um coração alado brega, igual aqueles utilizados pelos motoqueiros americanos da década de 1960, brigam entre si, transformando a capa num emaranhado visual.
            Mas não vamos julgar o livro somente pelos seus pontos negativos, Kaori 2 – Coração de Vampira tem muitas qualidades, em especial a fluidez na leitura e os personagens muito bem construídos. O relacionamento existente entre o vampiro Felipe e   o humano Samuel; o mordomo do vampiro Jorge e a peripécias da ninfomaníaca mulher-lobo Rachel são o ponto alto da obra, garantindo bom momentos e muita risada. Outro ponto alto é a vilão coadjuvante, uma vampira a la al Capone que no meu ponto de vista deveria ser a antagonista principal.
            No geral, o livro me surpreendeu, gerando a curiosidade em conhecer a outra obra da autora – Kaori, Perfume de Vampira. Recomendado.

Resenha de L. H. Hoffmann