Um dos filmes mais esperado sobre
Super-Heróis e por incrível que pareça, é fantástico. É claro que, por ser um
filme baseado em histórias em quadrinhos, ele tem que ser assistido como um
filme de história em quadrinhos. Seres superpoderosos, combatendo deuses nórdicos
e alienígenas vão surgir na tela
constantemente, então não faça como alguns pseudos entendidos que saem da sala
de cinema reclamando de algumas cenas “inverídicas”. Será que para esses, ao
assistirem o Senhor dos Anéis, tem que ver uma árvore andando no Ibirapuera
para acreditar num Ent? É muita falta de imaginação. Mas vamos voltar a
resenha. Confesso que o filme superou muito minhas expectativas e saí do cinema
ansioso por uma continuação.
O roteiro foi muito bem elaborado e funciona perfeitamente,
encaixando os filmes individuais dos heróis integrantes do grupo como uma luva.
O roteirista conseguiu fazer uma estória tensa, coerente, convincente e bem
humorada, distribuindo muito bem as cenas entre os personagens, sem deixar que
um ou outro tivesse superexposição. Confesso que antes de entrar no cinema,
esperava ver o Homem de Ferro 3, ao invés dos Vingadores, uma vez que o ator
que interpreta o herói é o um astro enquanto que os demais pode-se
considerá-los ainda como “novatos”, mas foi uma grata surpresa ver que isso não
aconteceu.
E foi graças e essa igualdade entre os
personagens, sem favorecimento, que foi possível os atores mostrarem todo o seu
talento. Eles deram um show. Todos incorporaram seus personagens como se fosse
o próprio. Os diálogos são grandiosos e até as pequenas mudanças feitas para
atualizar os heróis criados na década de 1940 funcionam muito bem, demonstrando
respeito para com os personagens e principalmente seus fãs que vão ao cinema,
pagam o ingresso e ficam pouco mais de duas horas sentados numa cadeira
(algumas vezes desconfortáveis e quebradas) para verem seus personagens
favoritos do jeito que os conhecem das histórias em quadrinhos. É óbvio que o
filme tenta atingir ao público em geral, mas deve-se lembrar de que quem deu a
projeção que os heróis alcançaram não foi o publico em geral, mas sim seus fãs
e por isso devem receber o mínimo de respeito. E isso acontece em Os
Vingadores. Os personagens estão lá, com suas falas e trejeitos, expressões e
atitudes que os fás esperam deles ao vê-los transportados para a telona.
Um destaque para Tom Hiddleston (Loki), pois
o vilão é a alma de uma boa história. Loki convence e muito bem. O filme tem
ação, alta tecnologia, tensão, e brigas épicas, sem falar no toque de humor na
medida certa (fique tranquilo que você não verá nada tipo Batman de Adam West).
Não vou ficar descrevendo o filme para não
tirar o prazer daqueles que não o assistiram ainda, mas não demore muito, pois
um filme desse quilate deve ser visto na telona e não no DVD. Isso não quer
dizer que não vou comprá-lo para deixar em minha estante e quando sentir
saudades, colocar no DVD Player e revisitar nos espetaculares (desculpe-me o
Homem-Aranha) VINGADORES.
Resenha de L. H. Hoffmann
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