quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

HERÓI CONTRA HERÓI



     Em breve teremos, de um lado do ringue, Superman. Do outro, Batman. Um mês depois, outra luta, que vem sendo chamada pelos marqueteiros de plantão, como “a maior do século”, colocará frente a frente Capitão América e Homem de Ferro. E cadê os vilões?
     O ano de 2016 marcará um dos maiores embates de heróis, envolvendo os maiores representantes das duas editoras rivais, a Marvel e a DC Comics, tendo como ringue as telas de cinemas.
     Batman Vs Superman: A Origem da Justiça, que estreia no Brasil em 24 de março, e Capitão América: Guerra Civil, previsto para 21 de abril, levaram para os cinemas histórias em quadrinhos emblemáticas de seus personagens.
     O primeiro adapta alguns aspectos de O Cavaleiro das Trevas, série responsável por levar Frank Miller ao posto dos gigantes do gênero, encontrando uma forma de o humano e engenhoso Batman ser capaz de derrotar o todo-poderoso Superman, numa batalha cheia de significados e subtextos. Dois heróis, duas ideologias, uma rivalidade acirrada desde os primeiros encontros.
     A obra de Frank Miller foi a base para o trabalho de Zack Snyder, diretor de A Origem da Justiça, mas o encontro inédito dos heróis no cinema tem o objetivo de deixar claro que os dois principais personagens da DC Comics convivem no mesmo universo cinematográfico e a presença de alguém tão forte quanto Superman, capaz de destruir cidades inteiras, assusta um já experiente Batman, que assume para si a obrigação de eliminar o alienígena de colante azul e capa vermelha.
     A partir desse filme, Zack Snyder parte para criar nos cinemas a Liga da Justiça, o encontro dos maiores heróis da DC Comics. A Mulher Maravilha, interpretada por Gal Gadot, também está no longa de março.



     No mês seguinte, é chegada a vez de Tony Stark e Steve Rogers vestirem seus uniformes e ocuparem lados opostos. Detalhes da trama ainda não foram revelados, mas sabe-se que uma ação mal planejada do Capitão e seus amigos causa uma nova comoção mundial a favor de que os Vingadores passem a trabalhar para as Nações Unidas, não mais de forma independente. O Homem de Ferro concorda, mas o Capitão América, depois de ser usado como arma política nos outros dois filmes solo, não entende que essa é a melhor solução. Há uma divisão entre os heróis da Marvel, assim como acontece nos quadrinhos; dois times se formam e a pancadaria tem início.


     Foi uma grande jogada, nas HQs, colocar herói contra herói. As vendas, antes capengas, cresceram e mostraram um caminho a seguir. Alguns álbuns, inclusive, mostravam o embate entre a turma da DC Comics versus os encapuzados da Marvel. Nas telas de cinema, contudo, é cedo para imaginar que filmes de super-heróis já precissem desse empurrão, uma vez que já tivemos obras em que o vilão se tornou muito mais interessante do que o herói protagonista, vide o Coringa, de Heath Ledger. A sorte está lançada. Façam suas apostas.

Fonte: Jornal “O Estado de S. Paulo”, C1 – Pedro Antunes.

ATRASO NO NOVO LIVRO DE GEORGE R. R. MARTIN



O escritor George R. R. Martin anunciou que atrasou a entrega do sexto volume da série “The Winds of Winter
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Os fãs da série dee livros “As Crônicas de Gelo e Fogo”, adaptada para a televisão pela rede HBO no seriado Game of Thrones, terão de esperar mais um pouco pelo sexto volume da saga. No sábado, 02/01/2016, o escritor norte-americano George R. R. Martin informou em seu blog que não conseguiu terminar o próximo volume da saga, que tem o título provisório de “The Winds of Winter”, dentro do prazo.
Estava acertado que ele entregaria a história no dia 31 de dezembro para que fosse publicada em março de 2016. Entretanto, o anúncio do atraso significa que, quando a sexta temporada de TV estrear, em abril, Martin ainda estará escrevendo o livro como indicou. Segundo o autor, ele levará mais alguns meses para terminar The Winds of Winter.
Em seu blog, Martin pediu desculpas aos fãs. “Aproveitem a série. Aproveitem os livros. Enquanto isso, eu continuarei escrevendo. Um capítulo de cada vez. Uma página de cada vez. É a maneira que eu sei fazer!”, disse. “Durante anos, meus leitores estiveram à frente dos telespectadores. Este ano, por várias razões, será o contrário”, completou.
Mais ainda, o escritor afirmou que, entre editores, agentes, tradutores e a HBO, é ele quem está “mais decepcionado” com o atraso da publicação do novo livro.
O autor da série que inspirou Games of Thrones tampouco havia cumprido o prazo precedente de entrega de The Winds of Winter, que estava fixado para outubro do ano passado. “Os prazos me estressam”, desabafou George R. R. Martin na nota. Ele também agradeceu “as palavras amáveis e bons desejos” dos leitores nos comentários de seu blog.
Para depois de The Winds of Winter, já está acertado que Martin produzirá o sétimo volume da saga, cujo título deverá ser A Drem of Spring.

Fonte: Agências Internacionais

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

PROGRAMA LITERARIO NA RADIO MUNDIAL



Para os amantes dos livros, e tudo o que os cerca, a Rádio Mundial – FM 95,7 e AM 660 – exibe todas as quartas-feiras, o programa LIVRUS AO VIVO.
Indo ao ar desde 07/10/2015, quando estreou, o programa é exibido ao vivo, às 21h30, apresentado pelo editor e especialista em livros digitais Ednei Procópio e a jornalista literária Cris Donizete, tendo como comentarista convidada a escritora, tradutora, revisora e Critica Literária Sandra Schamas. Já em seu oitavo “episódio”, LIVRUS AO VIVO fará uma pausa, para retornar em janeiro de 2016 com sua 2ª temporada, prometendo muitas novidades ao seus ouvintes.
Segundo Ednei Procópio, que além de apresentador também é o idealizador do programa, o objetivo é divulgar um pouco do universo literário, levando aos ouvintes notícias sobre o mercado editorial, prêmios literários, dicas de leitura e entrevistas com autores e profissionais da área.
 No “episódio” que encerrou a 1ª temporada, e que foi ao ar na ultima quarta-feira (25/11), o convidado especial foi o autor de literatura fantástica J. Modesto, de quem já falamos aqui no FONTES, o qual falou um pouco de suas obras e comentou as matérias exibidas durante o programa.


O FONTES teve acesso aos “episódios” anteriores, que podem ser ouvidos através do link http://livrus.podomatic.com/entry/2015-10-15T15_40_36-07_00, e a evolução é nítida, partindo do formalismo do primeiro até chegar a uma formula bem mais descontraída e agradável.
Um dos pontos fracos do programa é a falta de uma ligação direta do ouvinte para que o mesmo possa participar, fazendo suas perguntas, bem como sua duração. O programa é composto de “episódios” de 30 minutos, curto demais para tratar de temas tão complexos ou dar oportunidade dos entrevistados e convidados passar seu recado de forma satisfatório, o que não foi o caso de J. Modesto.
Questionado, Ednei acabou deixando escapar que o programa deve aumentar sua duração para uma hora. Já com relação a participação ao vivo dos ouvintes, ele não quis comentar, dizendo apenas para aguardar as novidades da 2ª temporada.
Bem, certamente o bordão do programa – O melhor do jornalismo literário você ouve aqui! – não foi escrito a toa! RECOMENDADÍSSIMO.

Por: L. H. Hoffmann

terça-feira, 24 de novembro de 2015

COMO ESCREVER UM BOM TEXTO?



 
Muitas pessoas, advogados, leitores e até escritores, me questionam como escrever um bom livro, e sempre acabo contando um pouco de minha experiência com a escrita. Por incrível que pareça, na minha juventude era um aluno sofrível em “Português”, mas excelente em “Matemática”. Então, a lógica era que me tornasse um Matemático, Engenheiro ou Físico, mas não, acabei me tornando Arquiteto e Escritor. É nessa incoerência que acabei descobrindo a minha resposta para a pergunta do título. Digo minha, porque pode haver outras, mas certamente todas passaram por algumas regras básicas. Comentaremos a seguir as mais significativas, que entendo ser importante na busca de um texto com qualidade, seja na forme de conta, romance ou simplesmente numa receita de bolo. Vamos lá?


1 – OBJETIVIDADE
Antes de mais nada, devemos lembrar que um texto tem um objetivo: passar uma mensagem, independentemente do seu tamanho ou tipo de narrativa. E para que ele atinja seu objetivo, deve ser claro ao transmitir sua “mensagem”. Atenção, “claro” não significa necessariamente ser “simples”. Então como atingir o ponto ideal. Isso é algo simples, porem trabalhoso. A objetividade em sua narrativa vira depois de muita escrita e, principalmente, leitura. Ler bons textos treina a mente e o ouvido para isso. Comece escrevendo textos descritivos, depois os desenvolva até chegar ao nível que considere bom. Então comece a prestar atenção nos seus leitores e “ouça” suas críticas, pois o seu conceito de “Bom” nunca está perto do leitor, pois existem diferentes níveis de interlocutores, quer do ponto de vista cultural, educacional ou intelectual. Não tente agradar a todos, pois isso é impossível, busque atingir o maior numero de “leitores”, fazendo-os entender e vivenciar o que esta narrando em seus textos. Se conseguir isso, terá metade do caminho percorrido.  
Muitos escritores gostam não vão diretos ao assunto e acabam por deixar o leitor perdido, acabando com o interesse pelo texto. Frases desnecessárias e que não acrescentem nada a narrativa são desnecessárias. Pesquisas revelam que se a história não prendeu o leitor, transportando-o para o mundo imaginário de sua obra, nas dez primeiras páginas, as chances de perdê-lo é enorme. Os editores geralmente solicitam o primeiro capítulo para analisar novas obras. Se o texto prender sua atenção, solicita a obra interia para uma melhor analise. Viu como um bom texto é importante?
Os chamados Prólogos são importantes. Se não houver prólogo, o primeiro capítulo faz essa função, então capriche. Ele deve ser sempre uma mistura de introdução, com um “gancho” que atice a curiosidade do leitor, estimulando-o a continuar em frente. Aplique-se no prólogo ou primeiro capitulo e a probabilidade de seus leitores lerem o seu texto até ao fim irá aumentar, mas é óbvio que você deverá manter a qualidade e o interesse do leitor, o que o levará a descobrir que sua obra deverá ser composta de “n” primeiros capítulos.


2 – SEQUENCIA
Embora ela esteja dividida em capítulos, pense na sua narrativa como uma construção só. Ele tem que ter um inicio, meio e fim. Portanto, terá que equilibrar a lógica com o fato de ter que ser direto. Mas como fazer isso? Vamos tentar uma lista de alguns procedimentos que poderá auxilia-lo nessa tarefa.
        a)       Comece a narrativa introduzindo os personagens principais e uma breve descrição, tanto física como psicológica, mas de preferência dilua algumas dessas informações durante toda a narrativa, ou parte dela. Os leitores de hoje não gostam de textos demasiadamente descritivos. Descarte informações que são irrelevantes para a história.
b)       Comece a desenvolver a narrativa, apresentando os problemas a serem resolvidos de forma que o leitor se interesse e queira buscar a solução para eles junto com o personagem principal.
c)       Apresente soluções inovadoras e surpreendentes, mas lembre-se, o leitor não é burro. Tais soluções tem que ser coerentes com o que foi apresentado em sua narrativa. Não venha com saídas mágicas. Se seu personagem está preso numa caixa, acorrentado, no fundo do rio, e ele não tiver super poderes, sua fuga deve ter uma explicação coerente.
d)       Trabalhe o clímax de sua história com afinco, levando em consideração todas as “dicas” anteriores, lembrando-se que as consequências também devem ser coerentes. Um ser humano normal lutando contra um demônio super poderoso certamente não saíra ileso de tal confronte, então é importante que as consequências sejam tratadas de forma coerente e com respeito a inteligência de seu leitor.
e)       Conclua a narrativa fechando todos os pontos em aberto. Mesmo que tenha uma continuação, é importante que as questões levantadas naquela narrativa seja respondidas ou então o leitor terá a impressão de que foi enganado. Isso não impede que você inclua um “gancho” para o volume dois, mas esse artifício deve ser algo que, apesar de ter certa ligação com os personagens, não está intimamente ligada a narrativa que se encerrou. Quer um exemplo? Certo!
“Numa narrativa o personagem principal derrotou um demônio poderoso após um confronto que quase levou-o a morte. Semanas depois, enquanto se recuperava, um amigo a muito desaparecido chega para visitá-lo. Os dois conversam por um longo tempo e, num momento em que o herói se distrai, e sem que ele perceba, um pequeno lampejo amarelado surge nos olhos do amigo, dando-lhes a aparência semelhante aos olhos do demônio derrotado.”
 Viu? Você incluiu um gancho para o segundo volume, que pode ser explorado de diversas formas, como, “o retorno do demônio”, ou a presença de “outro demônio”.
Seguir uma lógica é importante para que os seus leitores se habituem a um estilo de escrita. Trabalhe de forma organizada para não se perder. Faça fichários de personagens, se necessário.


3 – GRAMÁTICA
Você não precisa sem nenhum professor Pascoali para escrever, pois existem revisores que irão deixar seu texto perfeito para publicação de sua obra, mas é importante que você conheça o máximo que puder de sua língua, então se aperfeiçoe sempre. Utilize o corretor ortográfico, mas lembre-se que até ele erra. Quanto mais domínio da língua e de suas regras, bem como um vocabulário considerável, melhor será seu texto.


4 – REVISÃO
Revise seu texto varias vezes, e quando não encontrar mais falhas, peça a uma pessoa com um bom conhecimento de português, e que goste de ler, que o revise para você. A revisão da narrativa é tão importante quanto a gramatical. O texto pode estar corretíssimo, mas pode haver erros de continuidade que comprometam a historia e que certamente passara despercebido por você, pois seu cérebro, depois de muito trabalhar no texto, irá ignorar tais “falhas”. Por isso o papel do “leitor Beta” é muito importante.


5 – LEITOR BETA
O leitor Beta é aquela pessoa que irá ler seu texto de forma critica, lhe dando informações importantíssimas para sua melhoria. O Leitor Beta deve ser imparcial, e com coragem para lhe dizer o que está errado ou certo em seu texto. Amigos ou parentes que vão elogiar o trabalho somente porque é você que fez, não querendo magoá-lo não são leitores Betas, mas “balujadores”. Não tenha medo de criticas. Não se ofenda com elas, mesmo que as achar injustas. Analise-as com cuidado e busque informações importantes sobre suas falhas, utilizando esse “feedback” gratuito para desenvolver ainda mais seu texto.


6 – DESENVOLVIMENTO CONTINUO
Existem livros que ajudam a melhorar a escrita, as técnicas de narrativa, a gramática, a interpretação de textos, a leitura e tantos outros aspectos que compõem um bom escritor, então continue se desenvolvendo SEMPRE. Pratique todos os dias várias horas por dia, leia textos dos melhores escritores e veja como eles trabalham. Tente “copiar” o estilo dos autores mais renomados e de sua preferência, para melhorar seu próprio estilo. Atenção, não estou dizendo para “plagiarem” as obras desses autores, estou dizendo para escreverem suas próprias histórias no “estilo” desses autores. Cedo ou tarde você irá desenvolver seu próprio estilo. Varie seus leitores Betas e procure sempre os mais exigentes. Organize-se para escrever, reservando local e hora para isso. Releia o que escreveu quantas vezes for necessário e, o mais importante, não tenha medo de criticas. Transforme um limão numa limonada. Criticas, se bem aproveitadas, não irão de enfraquecer, mas o transformarão num super-homem da escrita.


Para alto e avante!



Texto: J. Modeto - Escritor