A L&PM, uma das mais tradicionais
editoras do Brasil, e uma das maiores responsáveis pela consolidação dos livros
de bolso no país, teve, no ultimo dia 14 de agosto de 2014, 50% de seu capital
adquirido pela gigante carioca Sextante. Segundo o Jornal O ESTADO DE SÃO
PAULO, “trata-se de um movimento que tem
se tornado comum no mercado editorial internacional e nacional e é visto como
uma opção de sobrevivência para editoras de pequeno e médio portes, que fazem
um bom trabalho editorial, mas não conseguem ser competitivas comercialmente”.
Ivan Pinheiro Machado, um dos
criadores da L&PM, conta que nos últimos 15 anos recebeu ofertas de grupos
brasileiros e estrangeiros pela editora, e nunca quis ir adiante nas
negociações.
“Mas temos a percepção dos sinais
dos tempos. Há uma movimentação de fusões no mercado editorial e sentimos que,
para que a editora continuasse competitiva, ela deveria se fortalecer. A partir
dessa união com a Sextante, vamos criar condições para que a L&PM tenha um
upgrade comercial e uma maior presença nacional”, conclui Pinheiro.
A matéria do “Estadão”, ainda
informa que a compra de parte da editora gaúcha L&PM não PE o prime3iro
negócio desse tipo feito pela Sextante. Criada em 1998 pelos irmãos Marcos e Tomás
Pereira, netos do editor José Olympio, dedicada a publicação de ficção
comercial e autoajuda, é dona, também, de 50% da Intrínseca, cuidando
comercialmente da editora. Divide o controle do selo Primeira Pessoa, de
biografias, com Helio Sussekind e, recentemente, comprou metade da portuguesa
Luzes de Emergência.
Fusões e compras de editoras têm
sido frequentes no mercado editorial mundial. Em março, o grupo Penguim Random
House adquiriu a Santillana, um negócio com reflexos no Brasil, ou seja, a
fusão da Companhia das Letras (que em 2012, vendeu 45% de seu controle para a
Penguin), com a Objetiva (que, em 2005, transferiu 75% de seu controle para a
Santillana). Já o grupo Record comprou, em 2010, a Verus e, em 2012, a Paz e
Terra, transformando ambas em selos do grupo. São várias mudanças, que aos
poucos vão mudando a cara do mercado editorial brasileiro.
Por:
L. H. Hoffmann
Fonte:
Jornal “O Estado de São Paulo”, de 15/08/14
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