Por L. H. Hoffmann
O ano de 2013 nem bem começou e o
mercado editorial foi sacudido por uma polêmica que, apesar de antiga, vem
travestida de novidade. Graças a dois artigos publicados no caderno “Ilustrada”
do jornal “Folha de São Paulo”, a discussão sobre a publicação de romances
nacionais vem tomando um vulto exagerado, calcada em informações incompletas e
equivocadas, o que pode causar danos ainda maiores no já difícil processo de
publicação de livros de ficção “made in Brasil”.
Diante dos artigos publicados no
referido periódico faz-se necessário algumas ponderações, uma vez que se deve
fazer comparações em condições equivalentes. Fica difícil vencer uma corrida
onde seu adversário está equipado com uma Ferrari e você com um carro 1.000;
Para que o leitor entenda o que estou
falando, sugiro que primeiro leiam as referidas publicações acessando os
seguintes links:
Lidos tais artigos, partamos agora
para uma análise dos dados e argumentos apresentados pelos colunistas e seus
entrevistados.
No artigo assinado por Marcos Rodrigo
a ficção nacional é apresentada como “um investimento ruim”, quando o correto
seria “sem investimento”. As justificativas apresentadas, no meu ponto de
vista, são equivocadas, dando a impressão que o produto “ficção nacional” é
ruim. Isto posto, vamos analisar alguns desses argumentos.