Diferente do que
possa levar a pensar, Oz: Mágico e Poderoso não é uma sequência de O Mágico de
Oz, nem sequer um remake, mas sim um preview. A história se passa antes daquela
onde Dorothy, Totó, o Espantalho, o Leão e o Homem de Lata passeiam pela
estrada de tijolos amarelos.
O Mágico de Oz é um
filme adorado e venerado até hoje. Adultos e crianças assistem e reassistem ao
filme. Diante disso, o diretor Sam Raimi
teve a ideia de nos apresentar uma explicação de como o Mágico de Oz se tornou “O
Mágico de Oz”
No início da década
de 1900, Oscar (James Franco) é um mágico canastrão de um circo falido que está
passando pelo Kansas. Mulherengo e fugindo de um marido traído, o mágico acaba
sendo levado com seu balão para o mundo fantástico de Oz. Ali conhece Theodora
(Mila Kunis) que se apresenta como uma bruxa boa e se apaixona por ele. A bruxa
o leva para conhecer sua irmã, Evanora (Rachel Weisz. Ambas acreditam que ele é
o mágico das profecias que salvará a terra das maldades da bruxa má Glinda
(Michelle Williams). A trama se desenvolve e novos personagens aparecem.
Destaque especial para o macaquinho voador Finley e a pequenina menina de
porcelana, que roubam a cena em vários momentos.
Outro fato
interessante é o de que os autores “duplicam” suas atuações entre o Kansas
(mundo real) e Oz. Michelle Williams é uma suposta namorada do mágico do circo,
mas também é a bruxa Glinda em Oz. Zack Braff é o assistente de palco que em Oz
é o macaquinho voador, seu ajudante. Joey King é uma menina deficiente que pede
que o mágico a faça voltar a andar e na terra mágica é a boneca de porcelana
encontrada com as pernas quebradas e consertadas pelo mágico. Isso já aconteceu
em O Mágico de Oz, onde atores estavam presentes no Kansas e em Oz, duplicando
seus papeis em formatos diferentes. Podemos pensar então que Oz é uma terra de
sonhos onde pessoas assumem outras “formas”, mas mantêm sua personalidade e
essência.
Contudo, o mais
importante no meu ponto de vista é atentar para como o filme se comunica com o clássico,
construindo o mito do Mágico, que será explorado na película rodada
anteriormente. Tudo leva ao ápice que prepara o ambiente para que O Mágico de
Oz aconteça, deixando o terreno pronto para que Dorothy visite a terra mágica. Uma
história ágil, com efeitos espetaculares, que se torna vibrante e divertida.
Grata surpresa nesse período que a moda é recontar contos de fábulas com o
mínimo ou nenhuma qualidade. Recomendado.
Resenhado por: L. H.
Hoffmann
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