quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

JOELMA - ANTES DA ESCURIDÃO - LANÇAMENTO


A Livrus finalmente divulgou as informações do novo livro de J. Modesto, que tem como tema um dos mistérios que envolve o edifício Joelma. Vitimado por um incêndio em 1974, o prédio foi palco de uma das maiores tragédias daquela época, onde mais de 180 pessoas morreram e cerca de 380 ficaram feridas. Desde então, muitos mistérios e fatos inexplicáveis deram ao Joelma a fama de amaldiçoado. Agora, nas vésperas de completar 40 anos do incêndio, o Livrus Negócios Editoriais lança no próximo mês JOELMA – ANTES DA ESCURIDÃO, de autoria de J. Modesto.
A Obra tem como foco principal contar uma das maiores lendas urbanas que se tem notícia no país, envolvendo o emblemático edifício Joelma. Neste volume (o primeiro de dois), o autor, através de uma história ficcional que se passa no ano de 1948, explora os primórdios da lenda urbano em que o enigmático edifício se tornou: o triplo homicídio, que ficou conhecido na época como “O Crime do Poço”. 
Os fatos 
Em 1948, o Brasil acabava de sair da primeira Era Vargas e tinha como presidente Eurico Gaspar Dutra. Na economia era criado o Centro de Estudos e Defesa do Petróleo e da Economia Nacional (CEDPEN), então responsável pela ingerência das questões que envolviam o petróleo nacional. Dircinha Batista (1922 - 1999) era a Rainha do Rádio e o mundo enfrentava a Guerra Fria, recém saído da Segunda Guerra Mundial.
Foi nesse cenário que um professor de Química, da Universidade de São Paulo (USP) protagonizou o maior crime do país, na época, envolvendo assassinatos múltiplos.
O personagem morava com a família — a mãe e duas irmãs — na Rua Santo Antônio, 104, quase esquina com a Avenida Nove de Julho (no famoso Vale do Anhangabaú). No dia 4 de novembro, entre 9h00 e 10h00 da manhã, conforme viria a demonstrar as investigações, o professor acabou assassinando, a mãe e a irmã. Uma segunda irmã foi executada posteriormente, quando retornou para almoçar em casa.
Buscando produzir um álibi, o professor disse a conhecidos que faria uma viagem com a família para Curitiba. Alguns dias depois enviou notícias de que suas irmãs e a mãe haviam sofrido um acidente de carro e tinham falecido. Desconfiados, vizinhos e colegas procuraram as autoridades locais, achando estranho o fato de nenhuma das mulheres comunicarem previamente a tal viagem.
No dia 23 de novembro, os investigadores foram até a casa das desaparecidas na tentativa de corroborar as suspeitas que pesavam sobre o professor, encontrando um poço recém-construído no quintal do fundo. Desconfiado, o delegado responsável pediu para acionar o Corpo de Bombeiros que, após examinar o poço, encontrou os corpos das três vítimas com as cabeças envoltas em panos pretos.
Encurralado, o professor pediu para ir ao banheiro. Por sentir que não havia como escapar, uma vez que todas as saídas da casa estavam sendo vigiadas por policiais, o delegado permitiu. Minutos depois se ouve um disparo. O suspeito, que já devia estar armado, tirou a própria vida, cometendo suicídio.
Apesar de, na época, surgirem várias hipóteses que tentavam explicar os motivos do professor cometer os assassinatos, a verdade nunca foi descoberta. Cogitou-se da hipótese de que o motivo seria um relacionamento que o professor mantinha com uma enfermeira e que a família não aprovava.
Para reforçar a áurea negra já presente na história, o local do crime ficou automaticamente conhecido como amaldiçoado depois que um dos bombeiros, que atuava no resgate dos corpos morreu repentinamente durante seu trabalho de remoção, talvez por infecção por matéria cadavérica ou febre puerperal.
A casa da família ficou fechada por cerca de duas décadas, quando então foi demolida junto com outras residências vizinhas e em seu terreno foi construído um prédio de 25 andares, considerado na época como o mais arrojado e moderno. O Edifício Joelma viria, mais tarde, em 1 de fevereiro de 1974, ser o palco de um dos maiores incêndios da história da cidade de São Paulo. 
JOELMA – ANTES DA ESCURIDÃO, deve chegar as livrarias no inicio de Fevereiro, quando se completa 40 anos do incêndio. Estão previsto alguns eventos que serão realizados pela editora, dentre os quais, uma Bate Papo com a presença de envolvidos na tragédia. Com cerca de 272 páginas, o livro deve chegar aos pontos de venda ao preço de R$ 39,90. O segundo e ultimo volume, que terá como tema central o próprio incêndio deve ser lançado no meio do ano, aproveitando a Bienal do Livro.
 
Por: L.H. Hoffmann
 

 

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